quarta-feira, 2 de abril de 2008

Profilaxia para citomegalovírus com agentes antivirais para transplante de órgão sólido (Revisão Cochrane)

(Organ and Transplantation) - 1 encontrado(s)

Resumos de Revisões Sistemáticas traduzidos ao Português (1)
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Profilaxia para citomegalovírus com agentes antivirais para transplante de órgão sólido (Revisão Cochrane)

Esta revisão deve ser citada como: Couchoud C. Profilaxia para citomegalovírus com agentes antivirais para transplante de órgão sólido (Revisão Cochrane) (Cochrane Review). In: Resumos de Revis�es Sistem�ticas em Portugu�s, Issue 4, 2007. Oxford: Update Software.

Resumo
Objetivos
Avaliar a eficácia dos agentes anti-virais em receptores de órgãos sólidos na prevenção da infecção por citomegalovírus e da doença sintomática. Avaliar essa eficácia na redução da incidência de rejeição aguda, perda do órgão transplantado e morte.
Antecedentes
A doença por citomegalovírus (CMV) é uma causa importante de morbidade e de mortalidade nos transplantes de órgãos sólidos. Está associada também a um risco aumentado de infecções oportunísticas e de rejeição de aloenxerto, bem como a custos mais altos relacionados ao transplante. A infecção por CMV também parece aumentar o risco de rejeição aguda e crônica de aloenxertos por meio de lesão vascular imuno-mediada. As graves conseqüências da doença por CMV levaram ao desenvolvimento de estratégias efetivas para sua prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. Entretanto, não há consenso sobre a necessidade e a eficácia da profilaxia do CMV.
Estratégia de pesquisa
Medline, Embase e Pascal. Busca manual de protocolos de alguns congressos (Transplantation Proceedings, American Thoracic Society, European Society of Organ Transplantation) e de referências bibliográficas de artigos de revisão atuais.
Critério de seleção
Estudos randomizados prospectivos que envolveram receptores de órgãos sólidos (adultos ou crianças) e que compararam um grupo tratado profilaticamente com aciclovir e/ou ganciclovir antes da infecção por CMV com um grupo que recebeu placebo ou que não foi submetido a nenhum tratamento.
Recompilação e análise de dados
Os dados foram extraídos e uma carta foi enviada aos autores dos estudos para solicitar que eles verificassem os dados coletados e que fornecessem dados perdidos. Para cada desfecho, foram usados alguns métodos para calcular o qui-quadrado para a associação e a estimativa para o efeito do tratamento com intervalo de confiança de 95%, com um modelo aditivo (diferença de risco absoluto) ou um modelo multiplicativo (odds ratio, risco relativo). O teste de associação foi considerado significante quando o valor de p foi menor do que 0.01 e o teste de homogeneidade, quando o valor de p foi menor do que 0.1.
Resultados principais
O tratamento profilático associou-se a uma queda significante na doença por citomegalovírus em relação ao placebo ou a nenhum tratamento, com o uso do logaritmo do método de risco relativo (RR 0.51, IC 95%: 0.41-0.64, valor de p para a associação X² < 0.001). O tratamento profilático também reduziu a taxa de infecção por citomegalovírus (RR 0.62, IC 95%: 0.53-0.73, p < 0.001). Nossa análise não mostrou redução significante na perda do órgão transplantado, na rejeição aguda ou na morte no grupo tratado profilaticamente. A análise por subgrupo baseada no tipo de agente anti-viral (aciclovir ou ganciclovir) e no tipo de órgão (rim ou fígado) apresentou resultados semelhantes.
Conclusões dos revisores
Esta metanálise embasa o uso de agentes anti-virais para a prevenção da doença e da infecção por citomegalovírus no transplante de órgãos sólidos.

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